Caso Victor Ramos: Inter quer antecipar audiência de olho na Série A
UOL
Victor Ramos ainda é alvo de debate e audiência irá determinar futuro
Estão definidos os três árbitros que julgarão o caso do Internacional contra CBF, Vitória e STJD na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça. Um italiano, um israelense e um português avaliarão as alegações de todas as partes em julgamento que deve ocorrer no mês de abril. E o Colorado quer antecipar ao máximo tal data para que, em caso de vitória no pleito, possa ser recolocado na Série A.
O jurídico do Internacional age com cautela. Contudo, faz questão do julgamento acontecer ao menos antes do início das competições nacionais. Vitória e CBF trabalharam para 'arrastar' a análise do caso pelo CAS, levando a audiência para maio, quando o Colorado já teria iniciado a disputa da segunda divisão.
A primeira data indicada pelo Internacional para audiência é 25 de abril. Porém, o site oficial do TAS, que traz a relação de julgamentos até 10 de maio, não prevê a realização do encontro. Ainda assim, o Inter quer que ocorra o quanto antes, para ter certeza de qual campeonato irá jogar. Até agora, a Série B é a realidade e para isso que o time se prepara.
Caso consiga reverter tal situação e o Vitória perca os pontos dos jogos pela utilização de Victor Ramos, o Internacional teria outro problema para ser recolocado na Série A: o Estatuto do Torcedor. O documento prevê que a tabela de cada competição precisa ser divulgada com 60 dias de antecedência. Primeira e segunda divisões já tiveram seu calendário oficializado e qualquer alteração poderia acarretar atraso no começo dos jogos. Ambos os torneios começam no meio de maio.
Entenda o caso
O Internacional argumenta que o jogador Victor Ramos foi inscrito irregularmente pelo Vitória no ano passado. Ligado ao Monterrey, do México, sob a ótica do Inter ele precisaria regressar a seu clube de origem antes de ter empréstimo do Palmeiras repassado ao rubro-negro. E o trâmite dependeria da janela de transferências internacionais, mas não respeitou este período.
A alegação do Vitória e da CBF é que os documentos de transferência do jogador não regressaram ao México. Desta forma, ele teve apenas trocou de clube no Brasil, não configurando transação internacional e, portanto, não necessitando obedecer tal janela.
O STJD se negou a julgar o caso, arquivando imediatamente. O Internacional, por sua vez, resolveu procurar instâncias mais altas e garante ter provas suficientes para mostrar que houve erro da entidade, do tribunal e do clube em questão.
A punição dependerá da avaliação do CAS. Caso aceite a tese do Inter, a Corte poderá executar o regulamento das competições nacionais, que prevê perda de pontos ao Vitória. Ou ainda apenas forçar um julgamento no STJD, e quem sabe aplicar apenas uma multa em cada uma das partes.
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