"Teve momentos da partida que quase não dava pra ver nada era difícil enxergar" ( relator torcedor do Grêmio)
A Arena do Grêmio, no último domingo, foi palco de um fenômeno climático que eu nunca tinha presenciado desde os tempos de Olímpico. A cancha ficou completamente envolvida por uma gigantesca neblina, criando o espetacular clima de inverno da serra gaúcha. A nuvem branca que invadiu o gramado durante os 90 minutos me remeteu ao debate sobre os sinalizadores.
A neblina produziu o efeito de mais de 100 sinalizadores, prejudicando a visibilidade, fato relatado por jogadores e torcedores. Os gremistas que se localizavam na parte superior do estádio tiveram que, no intervalo, serem realocados no setor inferior, pois, de onde estavam, não conseguiam enxergar a partida. E o confronto continuou normalmente.
Várias partidas disputadas nos estádios pelo Brasil foram paralisadas depois que sinalizadores foram acesos nas arquibancadas, com a justificativa de que estavam afetando a visibilidade. Sendo que, em todos os casos, não tiveram nem 5% do efeito que a neblina teve na Arena no duelo entre Grêmio e Cruzeiro.
Então, uma das teses que embasam a proibição dos sinalizadores, a de que afeta a visibilidade, caiu por terra no último domingo. Obviamente que a segurança tem que ser levada em conta e projéteis como o que matou o jovem Kevin Espada devem ser sumariamente proibidos. O que não pode acontecer é colocarem todos os sinalizadores no mesmo balaio, não permitindo que nenhum entre nas canchas.
Existem sinalizadores que não apresentam nenhum risco e contribuem muito para a atmosfera dos estádios. É preciso que se regulamente e se fiscalize a utilização destes artefatos. O que é inadmissível é a caretice que está se tornando o futebol brasileiro. Estão proibindo simplesmente pelo prazer de proibir. E a festa, infelizmente, vai perdendo a força.
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